A partir desta semana, o Governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), passa a divulgar um boletim semanal sobre a situação epidemiológica da dengue nas nove regiões do estado. A medida já começou a valer a partir de ontem, terça-feira (12).
Elaborada por técnicos do Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde, que compõe o Centro de Inteligência em Saúde da SES-RJ (CIEVS/CIS-RJ), a análise apresenta tendência de aumento do número de casos da doença, que já se encontra muito acima do esperado para o momento. O modelo estima o dobro de casos que já deveriam estar no sistema de notificação, mas ainda não aparecem devido ao atraso de notificação.
Para a secretária estadual de saúde, Cláudia Mello, a identificação de um dos tipo das doenças somada com a possibilidade de outro tipo também ter surgido colocou os profissionais de saúde em alerta.
“Com a identificação do tipo 4 e com o possível surgimento do tipo 3, estamos ainda mais alertas para possíveis epidemias. Seguimos atuantes junto aos 92 municípios para que, caso o cenário piore, as respostas sejam assertivas e rápidas, minimizando os impactos causados à população e, principalmente, para evitar óbitos”, afirma Claudia Mello.
De acordo com o boletim, atualizado ontem, na terça-feira (12), na Região Metropolitana I é observado o maior atraso das notificações, sendo Mesquita, Nova Iguaçu, Itaguaí e o Rio de Janeiro os municípios com maior número de casos para a época do ano.
“Esses municípios estão apresentando uma tendência de crescimento rápido e demora de registro no sistema”, salienta Claudia.
Até segunda-feira (11.12), o estado do Rio registrou 43.205 casos da doença, com 2.481 internações e 26 óbitos. Mais informações em: monitorar.saude.rj.gov.br
Veja a análise por região
• A Região Litorânea apresenta atraso de notificação e estabilidade, em patamar alto, no número de casos. Os municípios de Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia estão com um padrão de número de casos muito acima do esperado durante todo o ano e no período atual. Rio das Ostras apresenta um atraso importante de notificação, com tendência crescente.
• A Baía da Ilha Grande (BIG) não apresenta atraso de notificação. As cidades de Angra dos Reis e Mangaratiba estão com padrão fora do esperado para a época do ano.
• Centro Sul também apresenta importante atraso de notificação, com tendência de crescimento, sendo Três Rios o que tem o maior número de casos em atraso.
• Médio Paraíba não apresenta atraso de notificação. Apenas Resende apresenta uma tendência de aumento de casos.
• Metropolitana II chama atenção por não ter apresentado aumento de casos de dengue em 2023.
• Regiões Serrana, Norte e Noroeste não apresentam tendência de aumento ou municípios fora do padrão, exceto Santo Antônio de Pádua (Noroeste), que apresenta tendência de crescimento, segundo o modelo de atraso de notificações.