Nesta terça-feira (05), o secretário municipal de Trabalho e Renda do Rio, Everton Gomes, abriu, o encontro “Jornada da Inclusão, Mais Inclusão e Menos Capacitismo”, no Planetário do Rio, na Gávea. De acordo com o secretário, é importante que a luta contra o capacitismo não seja feita só de narrativas.
Na abertura da Jornada, Everton Gomes lembrou ainda que, quando foi presidente da Fundação Parques e Jardins, uma advogada o procurou com um abaixo-assinado, com mais de dez mil assinaturas, pedindo a abertura de cerca de 30 centímetros na entrada de um parquinho para que o seu filho, cadeirante, pudesse brincar na Praça Iaiá Garcia, na Ilha do Governador.
– A professora Consuelo, mãe do Artur, estava naquela luta há quatro anos – explicou Everton Gomes, acrescentando que o papel do poder público é desfazer obstáculos e promover a inclusão de todos os cariocas.
Empregabilidade, cidadania, artes plásticas, dança e foco na inclusão. Essas foram algumas das atrações da “Jornada da Inclusão, mais inclusão e menos capacitismo”, que reuniu pessoas com deficiência, familiares, especialistas e o poder público para discutir uma sociedade com mais inclusão, acessibilidade e que mantenha abertas as portas do mercado de trabalho formal a esse segmento, que representa quase 25% da população brasileira. Apesar da grande representatividade, o panorama no mundo do trabalho não é animador: apenas 29% das PCDs em condições de trabalhar estão empregados, segundo a Pnad Contínua.
Para tentar quebrar essa barreira, a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio (SMTE), responsável pelo Planetário, montou uma base do programa Trabalha Rio na Gávea. Lá, foram cadastradas PCDs para processos seletivos a vagas formais. Só esta semana, a SMTE divulgou mais de 700 vagas especiais para esse público.
A mobilização da SMTE em defesa das PCDs contou com a participação da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD), que debateu temas como os empregos apoiados, ação voltada para a equidade na empregabilidade dos PCDs.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro esteve presente na Jornada, tirando dúvidas jurídicas sobre benefícios previdenciários e direitos em geral da população PCD, com equipe coordenada pela defensora Marina Lopes. Ao longo de todo o dia, oficinas trouxeram conhecimentos novos para os participantes, com destaque para a “Pele na Tela”, oferecida pela professora May Tully Ramasine, que ensinou aos participantes a reutilização de maquiagens descartadas como matéria prima para pintura de telas.