A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) comunicou que a manutenção anual do Sistema Guandu será adiada pela terceira vez. O motivo para essa alteração de data foi o rompimento de uma adutora em Nova Iguaçu, que causou danos a várias propriedades e impactou o abastecimento de água nos municípios de São João de Meriti e Nilópolis, na Baixada Fluminense, e na Zona Norte da capital.
Segundo a Cedae, a manutenção está agora programada para iniciar às 4h do próximo dia 5, com previsão de término às 4h do dia 6. A ocorrência prejudicou o abastecimento em partes das zonas Norte e Oeste do Rio, além dos municípios de Nilópolis e São João de Meriti, deixando os moradores sem água antes da data originalmente planejada para a paralisação do Sistema Guandu, que estava marcada entre quinta (30) e sexta-feira (1º). A empresa lamenta os transtornos decorrentes desse novo adiamento, anteriormente influenciado pela onda de calor intenso e por oscilações no fornecimento de energia na rede de distribuição de água, enfatizando, no entanto, a necessidade da medida para evitar uma prolongada falta de abastecimento à população.
A manutenção preventiva no Sistema Guandu impacta a produção de água para mais de 10 milhões de residentes do estado do Rio de Janeiro. Inicialmente agendada para o último dia 16 e posteriormente adiada devido à onda de calor, a atividade foi reprogramada para o dia 23, mas os temporais que atingiram diversas cidades causaram apagões que afetaram a distribuição de água. A manutenção foi então remarcada para o dia 30 de novembro, mas foi novamente adiada devido ao incidente do rompimento da adutora.
A realização do serviço mobilizará mais de 500 profissionais, incluindo engenheiros, eletricistas, mecânicos e agentes de saneamento. Os técnicos realizarão inspeções e correções para reforçar a eficiência do sistema, abrangendo instalação de equipamentos, reparos gerais, ajustes eletromecânicos, revisão de peças e limpeza de estruturas inacessíveis durante a operação normal. Daniel Okumura, diretor de Saneamento e Grande Operação da Cedae, explicou que a escolha de realizar a manutenção próximo ao verão tem como objetivo garantir o pleno funcionamento da estação durante o período mais quente do ano, minimizando riscos de intercorrências e assegurando a produção de água em sua capacidade total. Caso a paralisação ocorresse no inverno, haveria uma janela de seis meses para possíveis problemas na estação, comprometendo a operação durante a alta demanda do verão.