O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou às autoridades penitenciárias do Distrito Federal informações referentes à morte de Cleriston Pereira da Cunha. Este encontrava-se detido por sua participação nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. O homem de 46 anos sofreu um infarto enquanto desfrutava do banho de sol no Centro de Detenção Provisória 2, parte do Complexo da Papuda, em Brasília.
No ofício encaminhado à direção da unidade, Moraes requisitou a inclusão do prontuário médico e do relatório médico referentes aos atendimentos prestados ao detento.
“Considerando a notícia do falecimento do réu Cleriston Pereira da Cunha, (…), solicito com urgência à Direção do Centro de Detenção Provisória II informações detalhadas sobre o ocorrido, incluindo cópia do prontuário médico e do relatório médico dos atendimentos recebidos pelo interno durante sua custódia”, escreveu Moraes. Ao confirmar o óbito, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF esclareceu, em comunicado, que o preso estava sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde localizada no presídio. A nota afirmava que, após constatar o mal súbito, a equipe de saúde realizou manobras de reanimação até a chegada das equipes do Samu e Bombeiros, que foram imediatamente acionadas.
Clezão, como era conhecido, era natural de Ramalho, na Bahia, mas residia em Brasília há mais de duas décadas. Ele era irmão do vereador de Feira da Mata, na Bahia, Cristiano Pereira da Cunha, conhecido como Cristiano do Ramalho.