No Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), celebrado nesta quarta-feira (15), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça a importância do combate ao tabagismo, principal fator de risco da doença. Para auxiliar no atendimento aos tabagistas, as unidades de Atenção Primária à Saúde do município oferecem o Programa de Tabagismo, que realiza atendimentos multidisciplinares individuais e coletivos, com abordagem psicoterapêutica cognitivo-comportamental e outras especialidades, de acordo com o método de reabilitação indicado para cada paciente. Desde 2022, foram realizadas cerca de 9.400 avaliações clínicas para tratamento de tabagismo nas clínicas da família e centros municipais de saúde do Rio.
Para Sandrini Gomes de Oliveira, cirurgiã dentista que atua há 2 anos no programa pelo Centro Municipal de Saúde Cecília Donnangelo, os tabagistas com DPOC apresentam queixas semelhantes. ”Os pacientes chegam no Programa de Tabagismo bastante angustiados, já que a única alternativa capaz de reverter o quadro de saúde é cessar o hábito de fumar. Além do sentimento de angústia, também existe muito sofrimento, devido à manifestação de sintomas limitantes, como por exemplo, o cansaço extremo e a falta de ar”, diz a médica.
Embora o tabaco se apresente como o maior fator de risco para DPOC, é válido destacar que existem outros fatores comportamentais estão relacionados ao surgimento da doença, como a utilização de fogão à lenha, a exposição à poeira da construção civil sem equipamento de proteção e a inalação frequente de fumaça. Além disso, a tuberculose e outras infecções respiratórias graves podem causar DPOC, assim como a asma, que, apesar de ser uma doença crônica com evolução benigna quando tratada, pode evoluir para um quadro de DPOC com complicações quando não acompanhada adequadamente.
”O tratamento começa com a prevenção ao tabagismo. Essa é a medida de mais impacto dentro do contexto da DPOC, porém, abandonar o vício é muito difícil para alguns pacientes e, especialmente, aqueles que sofrem com ansiedade e/ou depressão, que são condições muito frequentes entre a população. É importante ressaltar que as imunizações contra as infecções respiratórias também fazem parte do tratamento, já que as agravações clínicas dos pacientes se manifestam em casos de gripes e infecções por bactérias”, afirma o pneumologista Jorge Eduardo Pio.
A imunização contra a gripe é oferecida todos os anos em campanhas nacionais, permanecendo disponível durante todo o ano em clínicas da família, centros municipais de saúde e pontos de vacinação (PV) distribuídos pela cidade do Rio. Já a vacinação contra a bactéria pneumococo, causadora de doenças como pneumonia e meningite, é realizada nos centros especializados em imunobiológicos (CRIEs) mediante encaminhamento com o diagnóstico de DPOC ou outra doença crônica, conforme as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Para encontrar a sua unidade de saúde de referência e confirmar o horário de funcionamento, basta consultar o site da Secretaria Municipal de Saúde, na aba “Onde ser atendido”.