Um grupo de mulheres irá promover uma manifestação no próximo sábado, 28, às 9 horas, em frente ao Shopping Boulevard, e caminharão até a Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro de Maricá, e cada uma vestindo uma blusa rosa. O objetivo é protestar contra o assédio sexual em academias. No último dia 17, um professor de dança de uma academia de São Gonçalo foi preso por fazer fotos e vídeos eróticos usando imagens de suas alunas durante as aulas.
Uma das organizadoras do ato, Rejane Leal Fróes, está convocando as mulheres da cidade e até os homens em um vídeo publicado no seu perfil numa rede social.
“Vamos juntas Maricá! Vamos por nós, por nossas filhas, amigas, mães, esposas, sobrinhas. Homens venham também. A luta é de todos”, convocou.
Segundo ela, numa academia de Maricá, uma amiga dela também foi vítima de um crime similar.
“Já o aluno que fez filmagens da minha amiga , nadaaaa aconteceu . A academia nem suspender o cara , não fez. E ele tava livre leve e solto malhando ontem como se nada tivesse acontecido”, relatou.
Segundo testemunhas do caso do professor da academia gonçalense, ele teria uma seringa com esperma e a teria espirrado dentro da perna de uma das alunas. “Onde isso vai parar? A gente precisa fazer alguma coisa. É muito revoltante”, comentou, revoltada.
Segundo a Polícia, ao menos nove vítimas, incluindo duas adolescentes, foram alvos do suspeito, na academia de São Gonçalo. O caso veio à tona após as imagens serem compartilhadas. Uma das vítimas contou que o professor se aproveitava do momento do alongamento, quando auxiliava as alunas nos exercícios, para captar fotos e vídeos sem autorização. Também foi descoberto que as imagens das alunas, inclusive as menores de idade, eram vendidas nas rede sociais, inclusive sendo postadas em um grupo do Telegram, em que usuários tinham que pagar para entrar.
O delegado Luís Maurício Armond, titular da 74ª DP (Alcântara), afirmou que, após as denúncias, a polícia pediu à Justiça para fazer buscas na casa do suspeito. Os agentes apreenderam equipamentos eletrônicos dele. Em um dos aparelhos, havia um armazenamento de crianças em situações pornográficas, segundo a polícia. A Polícia também ouviu relatos de que o suspeito usava uma seringa para jogar uma substância que poderia ser sêmen. A denúncia está sendo apurada.
A polícia descobriu também que as imagens que Leonardo fazia das alunas, incluindo menores de idade, eram comercializadas através das redes sociais, inclusive, sendo postadas em um grupo do Telegram em que usuários tinham que pagar para entrar.