A prefeitura enviou ao Ministério Público Federal (MPF), em 21 de setembro, um estudo oceanográfico para a recomposição da duna frontal e o replantio da vegetação de restinga em trechos como os postos 7 e 8 da Praia da Barra. Isso atende à exigência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em maio entre a prefeitura e o MPF, que determinou a interrupção e remoção definitiva das mantas de concreto na praia, uma solução polêmica para conter ressacas. Agora, a prefeitura aguarda a análise do MPF para iniciar a recuperação da área degradada. Em setembro, a prefeitura concluiu a retirada dos materiais de concreto, a reposição da areia escavada e a restauração do calçadão, como estabelecido no acordo. A restauração da duna e o replantio da vegetação representam a etapa final do trabalho. A professora Flávia Lins e Barros, que faz parte de um grupo de acadêmicos que denunciou a utilização de concreto na praia ao MPF, celebra a conquista e ressalta a importância de tal ação, incentivando a comunidade acadêmica a se envolver em questões ambientais.
O cumprimento das medidas acordadas tem enfrentado desafios. O TAC, assinado em 22 de maio, previa a retirada dos materiais em até 60 dias e a realização do estudo técnico e a recuperação da duna frontal e do calçadão em até 90 dias, ou seja, até julho e agosto. Além do não cumprimento dos prazos, o MPF identificou irregularidades na desmobilização, incluindo a destinação inadequada dos materiais de concreto e a presença de resíduos na faixa de areia. Após ser notificada pelo órgão, a prefeitura alegou que os atrasos foram causados pelas ressacas e solicitou a revisão dos termos acordados.