O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone neste sábado, 14/10, com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi. Lula pediu ajuda para retirada de brasileiros da Faixa de Gaza, território de ocupação palestina entre Egito e Israel. A Região tem sido alvo de bombardeio israelense há uma semana, desde que grupo terrorista Hamas atacou o território de Israel. Milhares de brasileiros ainda estão na região de Gaza e procuraram o governo federal para pedir ajuda e voltar para o Brasil.
O governo brasileiro e a embaixada do Brasil na Cisjordânia montaram uma operação para o regresso do grupo. Mas é preciso entrar no território egípcio para embarcarem no avião enviado pelo Brasil, e o Egito ainda não liberou a entrada.
O Egito, segundo a diplomacia brasileira, tem receio, de que esses brasileiros se tornem refugiados no país. As autoridades egípcias também temem perder o controle da situação caso abram a fronteira com Gaza.
Lula, de acordo com o Palácio do Planalto, garantiu que os brasileiros serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito e seguirão direto para o avião, em um ponto próximo da fronteira com Gaza.
“O presidente Lula informou que assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente em aeronave da Força Aérea Brasileira com destino ao Brasil”, informou a Presidência em nota.
No início das negociações, o Brasil cogitava buscar o grupo de brasileiros no Cairo, capital do Egito. Mas, para isso, o grupo teria que se deslocar centenas de quilômetros por ônibus em território egípcio, o que não agradou ao governo daquele país. Por isso, o Brasil mudou a proposta para o aeroporto de Arish, muito mais perto da fronteira.
O avião da Força Aérea Brasileira, de uso da Presidência da República, está em Roma, aguardando a autorização do Egito para se dirigir ao país.
Mais cedo, Lula falou também com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Ele condenou o ataque terrorista do Hamas e ambos os líderes concordaram a sobre a proteção de civis. Abbas não administra a Faixa de Gaza.