As forças de segurança presentes no Complexo da Maré estão empregando seis drones com capacidade de reconhecimento facial para monitorar a localização de criminosos. Estes dispositivos, atualmente em uso nesta segunda-feira (9), também possuem a capacidade de identificar placas de veículos. Essa tecnologia pertence à Polícia Civil.
A liderança das polícias Civil e Militar reuniu-se no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado no Centro do Rio de Janeiro, para supervisionar a operação, que envolve a mobilização de mais de mil agentes. A missão das equipes policiais envolve o cumprimento de aproximadamente 100 mandados de prisão.
José Renato Torres do Nascimento, secretário de Polícia Civil, destacou: “Temos, apenas da Polícia Civil, seis drones voando e as câmeras de reconhecimento facial. A diferença desta operação é o emprego da tecnologia.”
As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro deram início a uma operação conjunta nesta segunda-feira (9) nas áreas da Maré, Vila Cruzeiro (ambas localizadas na Zona Norte do Rio de Janeiro) e na Cidade de Deus (na Zona Oeste). Um efetivo de mil agentes foi mobilizado, e moradores de diversas localidades relataram tiroteios ainda nas primeiras horas da madrugada. A operação começou com o registro de tiros contra dois helicópteros das polícias.
A operação é uma resposta ao assassinato de três médicos na Barra da Tijuca na semana anterior e visa à prisão de membros da cúpula do Comando Vermelho, a maior facção do tráfico de drogas do estado. Além disso, entre os alvos estão Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, conhecido como Abelha, e Edgar Alves de Andrade, o Doca. Ambos são investigados por supostamente terem ordenado a execução dos quatro criminosos responsáveis pelo assassinato dos ortopedistas, cujos corpos foram encontrados na madrugada de sexta-feira (6).
Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, também conhecido como BMW, é outro alvo dos mandados de prisão.