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Estado conta com mais de 15 mil câmeras corporais ativas em agentes de segurança

A Polícia Militar do Rio de Janeiro já contratou mais 3,5 mil câmeras, mas que ainda não estão em funcionamento. Empresa de tecnologia responsável pelo serviço já gravou mais de 100 milhões de horas em imagens das forças de segurança do estado
Imagem: Reprodução

Os órgãos de segurança do Estado do Rio de Janeiro anunciaram nesta semana que estão empregando um total de 15.639 câmeras corporais para a supervisão de suas operações. Esse número representa o conjunto de dispositivos atualmente em funcionamento. Apenas na Polícia Militar, aproximadamente 9,5 mil câmeras estão operacionais.

Com um efetivo total de cerca de 40 mil policiais, a Polícia Militar planeja adicionar mais 3,5 mil câmeras que devem estar em funcionamento até o final do ano. Atualmente, a corporação implementou o monitoramento por câmera corporal em 42 batalhões, e quando os novos dispositivos entrarem em operação, planeja estender o programa para incluir mais 5 batalhões, incluindo as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), Corregedoria e Operações Especiais (Bope e Choque).

Por sua vez, a Secretaria de Polícia Civil (Sepol) contratou 100 câmeras até o momento, todas em operação em 12 delegacias.

O Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran) também fez aquisição de 1.249 unidades, sendo que 100 delas estão em funcionamento em 2 postos, enquanto as demais aguardam a implementação de acordo com o cronograma do órgão.

Além disso, outros setores da administração estadual também aderiram ao uso de câmeras corporais em suas atividades, incluindo a operação Segurança Presente (799 unidades contratadas), operação Lei Seca (96), operação Foco (80), Procon (15), DETRO (98), INEA (142) e a Secretaria da Fazenda, com 60 câmeras contratadas e em operação em quatro postos fiscais.

Até o momento, mais de 20 milhões de vídeos foram armazenados pela empresa L8, que firmou os contratos para aquisição das câmeras corporais em parceria com a Secretaria da Casa Civil. Desde o início do projeto, foram registradas mais de 100 milhões de horas de gravação. As imagens são mantidas por no mínimo 60 dias e podem ser solicitadas como evidências digitais pelo Judiciário.

A tecnologia desenvolvida pela empresa inclui câmeras corporais com recursos de reconhecimento facial e transmissão de dados em tempo real via 4G, permitindo o registro e acompanhamento remoto de operações táticas. A infraestrutura para a utilização dos equipamentos requer totens de carregamento e acesso à internet nas bases operacionais. O armazenamento das imagens capturadas utiliza um software dedicado, com proteção de dados e criptografia, impedindo a manipulação das imagens e controlando o acesso aos arquivos de forma automatizada.

No entanto, surgiram problemas relacionados ao uso indevido das câmeras corporais. Em agosto, a corregedoria da Polícia Militar identificou 39 policiais militares que tentaram burlar seus dispositivos de gravação. A fiscalização observou o uso inadequado das câmeras em oito unidades operacionais em diferentes partes do estado, com um total de 340 policiais submetidos à vistoria. A corporação afirmou que todos os agentes flagrados usando os dispositivos de maneira inadequada enfrentarão processos administrativos, que podem resultar em prisões administrativas.

A ação da corregedoria ocorreu após a Defensoria Pública do Estado do Rio encaminhar um documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que a Polícia Militar do RJ estava tentando dificultar a transparência em relação aos registros das câmeras corporais instaladas nos uniformes dos policiais, principalmente em casos que envolviam a morte de inocentes. O relatório também revelou que, em alguns casos, as câmeras foram desacopladas dos uniformes e as lentes obstruídas pelos agentes, e em alguns eventos, as imagens teriam sido manipuladas ou apagadas. A PM nega a possibilidade de edição nas imagens, mas admite que podem ocorrer problemas durante as gravações.