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Retrofit ganha espaço como solução para preservação de patrimônio histórico

Procura aumenta nos últimos anos, mas mercado imobiliário enfrenta entraves legislativos
Foto: Divulgação

Morar em um imóvel de significado histórico ou que remeta à memória afetiva é o desejo de muitos que pretendem adquirir uma propriedade. E isso é possível com a onda do retrofit que chegou forte, não só no Brasil como no mundo afora. “Há 15 anos, essa era uma modalidade sobre a qual não havia muito interesse. Hoje, ressignificar um imóvel, dando a ele um outro uso, modernizando, mas preservando sua história, é devolver a dignidade à cidade”, afirmou Marcos Saceanu, presidente da Ademi-RJ, ao conduzir um painel sobre o tema durante o Rio Construção Summit, evento que termina hoje (21) no Píer Mauá.

Apesar do aumento de interesse por parte de potenciais compradores e das mudanças urbanísticas e sociais, os empresários da área da construção civil ainda enfrentam muitos desafios. O maior deles é a sobreposição de legislações, explicou Vitor Carvalho, coordenador do núcleo ‘Cidade e Regulação’ do Insper, instituto de ensino superior sediado em São Paulo. Ele ressalta que são válidas as normas dos diversos órgãos responsáveis pela análise dos projetos, mas que existem contradições, muitas insolúveis, o que provoca a fuga dos empresários do mercado de retrofit. Principalmente ao que se refere a imóveis degradados e abandonados, submetidos a inúmeras restrições para o reuso. Embora existam obstáculos, o especialista considera que a área é promissora a longo prazo.

Desde 2019, o município do Rio conta com a Lei do Retrofit, um passo importante para a requalificação da cidade. Segundo Marcos Saceanu, é preciso coragem para legislar. Ele citou o mandato do vereador Pedro Duarte, que abraçou o tema com entusiasmo na Câmara Municipal.

Foto: Divulgação

Coragem não faltou a Marcelo Falcão, da Somauma Incorporação e Desenvolvimento Imobiliário, um dos participantes do painel desta quinta-feira (21), último dia do Rio Construção Summit. O empresário retrofitou o prédio corporativo de uma seguradora, transformando o imóvel em multiuso, no bairro de Campos Elísios, região conhecida como Cracolândia, no Centro da capital paulista.

Fernando Costa, diretor da Cité Arquitetura, concorda que é preciso ser ousado. O arquiteto sugeriu que todas as instâncias responsáveis pela avaliação das intervenções propostas em um retrofit deveriam integrar uma comissão, de onde os projetos já sairiam aprovados. O empresário é autor do projeto do Paissandu 23, imóvel tombado, construído em 1923, no bairro do Flamengo. Foi deste prédio, de projeto premiado, que saiu a seleção uruguaia que derrotou o Brasil na Copa de 50, em pleno Maracanã. Muito mais que uma simples reforma, o retrofit contribui também para a preservação da memória.