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Alerj aprova por unanimidade projeto de lei que torna Terreirão do Samba Patrimônio Cultural e Imaterial do Rio

A finalidade é a de preservar o valor histórico e cultural, além de resguardar um local tradicionalmente conhecido por inúmeras manifestações culturais
Foto: Fernando Maia

Na tarde desta terça-feira (19), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou por unanimidade e em discussão única, o projeto de lei que considera como Patrimônio Cultural e Imaterial do Rio de Janeiro, o Terreirão do Samba Nelson Sargento, na Praça Onze.

Inaugurado em 7 de fevereiro, em 1991, o Terreirão do Samba surgiu como um símbolo da cultura afro-brasileira que se desenvolveu no Centro da cidade, tendo próximo o Cais do Porto, a Cidade Nova, o Morro da Providência, que para alguns historiadores é considerada a primeira favela da cidade, e o Morro da Conceição. Essa região, composta também pelos bairros da Zona Portuária, Gamboa, Saúde e Santo Cristo, além da Pedra do Sal e o Morro da Conceição, foi batizada de Pequena África por Heitor dos Prazeres, devido a enorme migração de famílias negras vindas da Bahia.

A criação do Terreirão foi baseada na necessidade de se criar um espaço alternativo, mas com estrutura, para todos os sambistas apresentarem sua arte, e durante o Carnaval fosse transformado em uma área divertimento gratuito para os foliões de toda a cidade que não podiam pagar para assistir o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, bem ao lado do Terreirão.

Reduto de boêmios desde a sua inauguração em 1991, o local deve passar por uma repaginação. A prefeitura do Rio lançou no mês passado um edital para concessão do espaço à iniciativa privada. A ideia é a criação do ‘’Terreirão 2.0’’. Através de uma concessão, a empresa que vencer a licitação deverá cuidar do espaço de 12.377 metros quadrados, por 25 anos.

Segundo a prefeitura do Rio, o espaço vai ganhar até camarote VIP. Mas durante os dias de Carnaval continuarão a ser oferecidos ingressos a preços populares para acompanhar os shows. A empresa vencedora pagará, no mínimo, uma outorga fixa de R$ 275 mil.

De acordo com o autor do projeto, deputado Dionísio Lins (Progressista), a finalidade é a de preservar o valor histórico e cultural, além de resguardar um local tradicionalmente conhecido por inúmeras manifestações culturais e evitar qualquer tipo de destruição, descaracterização ou mudança de endereço; bem como a transferência definitiva de suas atividades, salvo a necessidade de obras emergenciais no local.

— Todos nós sabemos que o Terreirão do Samba é um local bem democrático e com manifestações culturais de diversas áreas, principalmente o samba carioca. A preservação de suas atividades trará maior segurança para seu entorno, além de atrair turistas nacionais e do exterior não somente durante o Carnaval, mas todos os interessados em cultura e entretenimento. Vale lembrar que o espaço tem capacidade para cerca de 16 mil pessoas por noite, além de contar com a provação do público por estar próximo das estações do metrô e pontos finais de ônibus. O Terreirão teve sua origem com nossa saudosa Tia Ciata, além de Hilário Jovino, João da Baiana, Tia Carmem, Donga, Mestre Cazuza e Xangô da Mangueira, entre outros; o local inclusive é carinhosamente conhecido por todos nós cariocas como “o berço do samba”— declarou o parlamentar.