A Casa Fluminense, realizou um levantamento e que será divulgado nnesta terça-feira (19) mostra desigualdades vividas no estado do Rio de Janeiro.
A pesquisa analisou números de 2002 a 2023 e de acordo com o Mapa da Desigualdade, em 14 das 22 cidades da Região Metropolitana o número de famílias cadastradas nos centros de referência de assistência social (Cras) é quatro vezes maior que a norma operacional básica do sistema do governo federal.
No país, cada Cras atende 4.918 famílias, enquanto na Região Metropolitana (mais populosa do estado), são quase 13 mil. A média do estado do Rio é 7.400 atendimentos.
Falta de acesso à educação, saúde e centro de referência de assistência social sobrecarregados com a demanda são problemas apontados pelo Mapa da Desigualdade no Rio.
Municípios mais afetados
Os piores índices estão na capital fluminense, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. O estudo mostra ainda que a pandemia influenciou os números de 2020 a 2022. Os números dobraram nos três municípios.
Os dados mostram que três a cada quatro crianças no Rio e Região Metropolitana estão fora das creches. Menos de 10% das crianças de zero a três anos estão matriculadas em Japeri, Nova Iguaçu, Queimados, São Gonçalo e Seropédica.
A falta de acesso não começa na primeira infância, mas ainda durante a gestação. O número ideal de exames durante o pré-natal é oito, segundo a Organização Mundial de Saúde, mas uma a cada quatro gestantes não atinge essa marca.
Em Belford Roxo, 55% das mulheres grávidas em 2022 fizeram menos de sete consultas.
Os Centros de Referência de Assistência Social também enfrentam problemas. Eles são a porta de entrada para que as famílias vulneráveis recebam ajuda financeira e outros benefícios do governo.