O prefeito de Barra do Piraí (RJ), Mário Esteves (PROS), recentemente se envolveu em uma polêmica que desencadeou uma reação negativa na cidade e nas redes sociais. Durante a inauguração de uma estrada, ele fez comentários controversos sugerindo medidas de controle populacional envolvendo as mulheres da comunidade.
No vídeo gravado durante o evento em 14 de setembro, Mário Esteves declarou: “O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara.” Essa afirmação causou uma onda de indignação entre os cidadãos.
Além disso, o prefeito sugeriu que uma lei deveria ser implementada para limitar a quantidade de filhos que uma mulher poderia ter na cidade, estabelecendo um máximo de dois filhos por mulher. Ele afirmou: “É no máximo dois. Tem que fazer uma lei lá na Câmara. Haja creche para ser construída ao longo dos próximos anos. Tem que ter um projeto federal, estadual e municipal, porque precisa sim desse controle. É muita responsabilidade colocar filho no mundo”, discursou ele.
Em resposta à controvérsia, Mário Esteves emitiu uma nota alegando que suas palavras foram ditas em um “momento de descontração na inauguração de uma importante via de escoamento de produção e de desenvolvimento na cidade”. Ele insistiu que qualquer associação com a castração e controle populacional é um equívoco político.
A Câmara Municipal de Barra do Piraí também divulgou uma nota, afirmando que a intenção do prefeito não era sugerir a castração das mulheres, e que suas palavras podem ter sido mal interpretadas, ressaltando a importância de considerar o contexto completo de suas declarações.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Barra do Piraí emitiu uma declaração condenando a fala do prefeito, descrevendo-a como “típica de ato de misoginia” e destacando o completo desrespeito do prefeito pelas mulheres da cidade.
Essa polêmica gerou um debate na cidade e provocou discussões sobre respeito às mulheres, igualdade de gênero e apropriado comportamento de um líder político.