Ouça agora

Ao vivo

Portela define o samba-enredo para o carnaval 2025
Carnaval
Portela define o samba-enredo para o carnaval 2025
Shopping de Niterói oferece aos visitantes diversas apresentações musicais de cantores locais
Entretenimento
Shopping de Niterói oferece aos visitantes diversas apresentações musicais de cantores locais
Duque de Caxias registra saldo positivo na geração de emprego
Baixada Fluminense
Duque de Caxias registra saldo positivo na geração de emprego
MetrôRio terá esquema especial de funcionamento para as Eleições
Destaque
MetrôRio terá esquema especial de funcionamento para as Eleições
Capitão Nelson lidera com 85% das intenções de votos em São Gonçalo
Política
Capitão Nelson lidera com 85% das intenções de votos em São Gonçalo
Polícia Militar do Rio de Janeiro tem novo recorde na apreensão de fuzis
Estado
Polícia Militar do Rio de Janeiro tem novo recorde na apreensão de fuzis
Eleições: Saquarema terá transporte público gratuito no domingo (06)
Costa do Sol
Eleições: Saquarema terá transporte público gratuito no domingo (06)

Facções dificultam instalação de câmeras em fardas de PMs das UPPs do Rio

Autoridades estão buscando soluções tecnológicas para conseguir conectividade e, assim, manter o sistema em funcionamento
Imagem: Reprodução

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a instalação de câmeras nos uniformes dos policiais no Rio de Janeiro está enfrentando desafios nas favelas do estado, onde a distribuição de sinal de internet é controlada por traficantes e milicianos. As autoridades estão buscando soluções tecnológicas para garantir a conectividade e manter o sistema em funcionamento. Esse problema foi evidenciado nas comunidades do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo, em Copacabana e Ipanema, Zona Sul, que contam com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) desde 2009, e no Jacarezinho, Zona Norte, onde o programa está presente desde 2013. O planejamento do governo visa equipar todas as 29 unidades do estado com câmeras até dezembro, que transmitirão imagens em tempo real para o Centro Integrado de Controle e Comando (CICC).

A conectividade nas favelas é um desafio significativo, uma vez que nenhuma empresa de internet possui autorização para operar nesses territórios, onde o sinal é clandestino e controlado por criminosos. Para superar essa barreira, os policiais nas áreas afetadas tiveram que inicialmente usar chips 3G e 4G. As duas UPPs mencionadas são as primeiras a adotar as câmeras corporais. Rafael Grande, diretor da Vertical Segurança Eletrônica e Data Center da L8 Group, responsável pela instalação do sistema de câmeras corporais, explicou que, embora o grupo tenha 34 operadoras conveniadas no projeto, nenhuma delas oferece o serviço nessas duas comunidades.

Para resolver esse problema, estão sendo adotadas estratégias como a instalação de fibra ótica nas bases onde as câmeras estão localizadas, para melhorar a transmissão. Quando isso não é possível, recorre-se à internet via satélite e ao sistema 4G. Além disso, o uso adequado das câmeras tem sido um desafio, com relatos de PMs que retiram o equipamento do uniforme ou o cobrem.

Outro desafio é a transparência no envio das imagens para investigações. A Defensoria Pública do Rio reportou casos de PMs que não acionaram o modo ocorrência, resultando na exclusão das imagens após 60 dias de armazenamento. O secretário estadual de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, reforçou a importância de acionar o modo ocorrência e anunciou que o serviço 190 irá alertar os PMs para fazê-lo. Até dezembro, a meta é equipar 13.500 câmeras em todo o estado.

A Corregedoria-Geral da PM recebeu 940 requisições de imagens de diversas instituições e instaurou 470 Documentos de Razão de Defesa (DRDs) para investigações. Para superar esses desafios, é fundamental que as câmeras sejam utilizadas de forma apropriada, garantindo a transparência e a responsabilização em casos de abusos.