Ouça agora

Ao vivo

Vasco e Inter fazem ação contra racismo em São Januário pelo Brasileirão
Destaque
Vasco e Inter fazem ação contra racismo em São Januário pelo Brasileirão
Alexandre de Moraes decide manter a validade da delação de Mauro Cid
Brasil
Alexandre de Moraes decide manter a validade da delação de Mauro Cid
Rio aprova lei para proteger e reintegrar vítimas de trabalho escravo
Destaque
Rio aprova lei para proteger e reintegrar vítimas de trabalho escravo
PF indicia Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre tentativa de golpe
Brasil
PF indicia Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre tentativa de golpe
Festival Botecar chega ao Rio de Janeiro com variedade de petiscos criativos
Destaque
Festival Botecar chega ao Rio de Janeiro com variedade de petiscos criativos
Guapimirim celebra o ‘Fantástico Natal de Guapi’ com atrações mágicas e inclusivas
Baixada Fluminense
Guapimirim celebra o ‘Fantástico Natal de Guapi’ com atrações mágicas e inclusivas
Shopping Nova Iguaçu tem 300 vagas de emprego temporárias
Nova Iguaçu
Shopping Nova Iguaçu tem 300 vagas de emprego temporárias

Mães que enfrentaram a perda de seus filhos pela violência assumem o comando no Grito dos Excluídos

29ª edição da manifestação reuniu dezenas de pessoas nas ruas do Centro do Rio para protestar por questões sociais
Imagem: Divulgação

Dezenas de pessoas se reuniram nesta manhã de quinta-feira, dia 7, na região da Uruguaiana, no Centro do Rio, para participar da 29ª edição do Grito dos Excluídos, um evento tradicionalmente realizado no feriado de 7 de setembro desde o ano de 1995. Neste ano, o destaque foi a presença das mães que perderam seus filhos para a violência no estado do Rio, que lideraram o ato erguendo cartazes com mensagens como “Lute como uma mãe”, “Mães de vítimas em luta” e “Pelo fim da violência policial e do estado”. Além disso, mulheres das comunidades da Rocinha, na Zona Sul do Rio, de Manguinhos e da Maré, na Zona Norte, também marcaram presença.

A cada ano, o grupo seleciona um tema central para ser debatido durante os protestos, e neste ano eles trouxeram a pergunta: “Qual é a sua sede e fome?”. Além disso, diversas outras causas foram abordadas no ato, que teve início às 9 horas na esquina da Avenida Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana, seguindo em direção à Praça Mauá.

O evento contou com a participação de manifestantes em geral, sindicatos, movimentos sociais e políticos, todos erguendo bandeiras pedindo o fim da violência no estado, a erradicação da fome, a redução das desigualdades sociais e a melhoria das condições de moradia, saúde e educação. Adriana da Silva Nalesso, presidente da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa-RJ) e vice-presidente da CUT, destacou que esta data não apenas celebra o desfile cívico, mas também é um momento de luta por moradia, dignidade, respeito, comida no prato, democracia e justiça social. Ela enfatizou que é responsabilidade tanto do governo quanto da sociedade se mobilizarem e lutarem por essas causas.

O Grito dos Excluídos aconteceu a poucos metros de onde estava ocorrendo o desfile cívico-militar tradicional. Esta celebração retornou à Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, após dois anos de suspensão devido à pandemia de Covid-19 e às comemorações do bicentenário da Independência, que aconteceram em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O evento também teve lugar em São Paulo, onde os manifestantes se concentraram na Praça Oswaldo Cruz e marcharam em direção ao Parque Ibirapuera, percorrendo cerca de 3 km.

Durante a concentração, uma liderança discursou ao microfone e mencionou que o protesto havia sido interrompido nos últimos dois anos devido à “violência e intimidação”, sugerindo que esses conflitos foram estimulados pelo governo de Jair Bolsonaro.