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Capitão Guimarães e mais 11 são presos em operação contra o jogo do bicho do RJ

Equipes da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio cumprem 13 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Ação é um desdobramento da Operação Sicários, deflagrada pela PF em dezembro do ano passado
Imagem: Divulgação

Um dos principais contraventores do Rio de Janeiro, Aílton Guimarães Jorge, conhecido como Capitão Guimarães, foi detido na sexta-feira, 1º de setembro, durante uma operação de combate ao jogo do bicho na cidade. Juntamente com ele, outras 11 pessoas foram presas, sendo nove alvos de mandados de prisão e três detidas em flagrante.

Entre os detidos na operação, estão Marcel Rios Werneck, genro de Guimarães, um policial civil e dois policiais militares, um deles ainda em serviço ativo.

As equipes da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriram um total de 13 mandados de prisão e 19 mandados de busca e apreensão desde o início da manhã.

A Operação Mahyah tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa envolvida em homicídios, corrupção passiva e posse ilegal de armas de fogo, liderada por Guimarães.

Durante a busca na residência de Marcel, localizada em Niterói, foram apreendidos grandes quantias em dinheiro, cujo valor ainda não foi contabilizado. Os mandados foram emitidos pela 2ª Vara especializada em organizações criminosas do Rio de Janeiro e estão sendo cumpridos tanto no estado quanto no Espírito Santo, em endereços relacionados aos membros do grupo investigado.

Essa ação é um desdobramento da Operação Sicários, que foi iniciada em 7 de dezembro de 2022.

De acordo com as investigações, três núcleos criminosos subordinados ao Capitão Guimarães controlam o monopólio dos jogos de azar e a operação de bingos clandestinos na Ilha do Governador, Niterói, São Gonçalo e no Espírito Santo. A Polícia Federal afirma que “para garantir a soberania territorial, a organização criminosa comete, de forma organizada, diversos crimes, incluindo homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de armas de fogo”.

A operação conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MPES).

O nome da operação, Mahyah, faz referência à origem da palavra “máfia”, que se origina de um termo do dialeto siciliano, “mafia”, inspirado em “mahyah”, que significa audácia em árabe.