A Prefeitura de Macaé está recuperando a restinga da Praia dos Cavaleiros, o projeto de recuperação está sendo desenvolvido pela Secretaria Municipal de Ambiente e Sustentabilidade. Espécies exóticas e estranhas ao ambiente foram colocadas por ação humana ou outros meios, podendo causar impactos negativos e plantas nativas estão sendo colocadas.
A Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade foi responsável pelo plantio de aproximadamente 871 mudas, em 2022. Entre elas: pirixi (Blutaparon portulacoides), salsa da praia (Ipomea pes-caprae), alternanthera (Alternanthera maritima), guriri (Allagoptera arenaria) e feijão da praia (Carnavalia rósea). As mudas são introduzidas de acordo com a necessidade, quando uma área estiver muito exposta, com pouca ou nenhuma vegetação.
Foram instaladas placas informativas ‘Conhecendo nossa restinga’, que exibe espécies nativas ao público. Esse é o lema do Projeto de Restauração da Restinga da Praia dos Cavaleiros, a mais famosa da cidade. Além disso, QR Codes impressos nas placas direcionam o público para a página da secretaria no Portal da Prefeitura Macaé, onde constam informações sobre a área preservada. Já foram contempladas com placas as espécies: coruja buraqueira, a ipomea, o guriri e, recentemente, a maria-farinha (Ocypode quadrata). Ela também é conhecida como guaruçá, vaza-maré e caranguejo-fantasma. Esta espécie habita praias arenosas e pode ser encontrada em todo litoral brasileiro. Sua coloração branco-amarelada se assemelha com a areia da praia, o que facilita a sua camuflagem no ambiente.
A Restinga da Praia dos Cavaleiros é uma Área de Preservação Permanente (Lei Federal 12.651/2012). Por isso, a legislação determina ações com o objetivo de garantir a conservação e a recuperação destes ecossistemas, como a manutenção da vegetação nativa. A Coordenadora de Arborização e Paisagismo da secretaria e engenheira ambiental, Fernanda Norbert, explicou a necessidade do projeto.
– A retirada de espécies exóticas da restinga é de extrema importância para a preservação deste ecossistema costeiro. Elas podem competir com as espécies nativas por recursos como água, nutrientes e luz solar. Esta competição pode levar à redução da biodiversidade local, afetando a flora e, consequentemente, a fauna que depende destas plantas. Além disso, algumas espécies exóticas têm um alto potencial de invasão, ou seja, conseguem se proliferar rapidamente e ocupar grandes áreas, suprimindo a vegetação nativa. Isso provoca uma perda significativa da diversidade biológica e dos serviços ecossistêmicos prestados pela restinga como: a proteção contra a erosão costeira, a formação de dunas, a manutenção da qualidade da água e a provisão de habitat para espécies nativas – informou a coordenadora.