Nesta segunda-feira, Neymar deve assinar contrato de dois anos e ser novo jogador do Al-Hilal, da Arábia Saudita. O período do vínculo não foi escolhido de forma aleatória. Segundo o jornal L’Equipe, o atacante brasileiro, de 31 anos, tem a intenção de voltar à Europa até 2025 e disputar a Copa do Mundo em 2026.
De acordo com o veículo francês, Neymar não considera a ida para a Arábia Saudita uma “aposentadoria precoce”, como escreve o L’Equipe. O acerto com o Al-Hilal é encarado pelo craque como uma ótima alternativa para destravar seu impasse com o PSG. E com grande compensação financeira.
A prioridade de Neymar era voltar ao Barcelona ou ir para outra equipe de uma grande liga europeia. A situação financeira do time espanhol, que sequer inscreveu todas suas contratações, inviabilizou o retorno. Além disso, o técnico Xavi Hernández não havia se convencido da contratação.
Clubes da Premier League, especialmente o Chelsea, chegaram a demonstrar interesse. Mas o PSG não deu indícios de que aceitaria negociar Neymar por menos de € 100 milhões (R$ 540 milhões) para um potencial rival no continente. O alto salário do craque, de € 40 milhões (R$ 215 milhões) por temporada, é incompatível até mesmo com os grandes clubes europeus no momento.
Neymar imagina que pode cumprir sua missão na Arábia Saudita e ir sem custos para uma grande liga europeia. A intenção do brasileiro seria atuar em um país competitivo pelo menos um ano antes da Copa do Mundo de 2026.
Até lá, o atacante vai para sua nova aventura na Ásia. Neymar vai realizar exames médicos nesta segunda e assinar contrato de duas temporadas com o Al-Hilal. Pelo período, o brasileiro vai receber € 320 milhões (R$ 1,7 bilhão), o segundo maior contrato do futebol no momento. Os ganhos ficam atrás apenas dos recebidos por Cristiano Ronaldo no Al-Nassr.
Com a ida para a Arábia Saudita, o brasileiro encerra sua passagem de 10 temporadas pelo futebol europeu e seis anos no PSG. Neymar chegou ao time francês como jogador mais caro da história e com o projeto de alçar o clube ao topo da Europa, o que poderia levá-lo aos prêmios individuais.
O camisa 10, no entanto, sofreu com problemas físicos e somou 173 jogos no Paris Saint-Germain, uma média de pouco mais de 28 por temporada. No período, o clube teve 318 partidas oficiais. O brasileiro fez 118 gols e 70 assistências na equipe parisiense e conquistou 13 títulos, entre eles, cinco edições do Campeonato Francês, além do vice-campeonato da Champions League em 2020.