Ouça agora

Ao vivo

Vasco e Inter fazem ação contra racismo em São Januário pelo Brasileirão
Destaque
Vasco e Inter fazem ação contra racismo em São Januário pelo Brasileirão
Alexandre de Moraes decide manter a validade da delação de Mauro Cid
Brasil
Alexandre de Moraes decide manter a validade da delação de Mauro Cid
Rio aprova lei para proteger e reintegrar vítimas de trabalho escravo
Destaque
Rio aprova lei para proteger e reintegrar vítimas de trabalho escravo
PF indicia Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre tentativa de golpe
Brasil
PF indicia Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre tentativa de golpe
Festival Botecar chega ao Rio de Janeiro com variedade de petiscos criativos
Destaque
Festival Botecar chega ao Rio de Janeiro com variedade de petiscos criativos
Guapimirim celebra o ‘Fantástico Natal de Guapi’ com atrações mágicas e inclusivas
Baixada Fluminense
Guapimirim celebra o ‘Fantástico Natal de Guapi’ com atrações mágicas e inclusivas
Shopping Nova Iguaçu tem 300 vagas de emprego temporárias
Nova Iguaçu
Shopping Nova Iguaçu tem 300 vagas de emprego temporárias

Vasco cita decisão do STJD e tenta liberação parcial de São Januário para jogo contra o Grêmio

Clube quer enfrentar o Grêmio com crianças, mulheres e deficientes na arquibancada.

O Vasco ingressou com uma petição no Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira, solicitando a liberação parcial de São Januário para a partida do próximo domingo, contra o Grêmio, pela 18ª rodada do Brasileirão. A bola rola às 16h (de Brasília).

O clube citou a decisão recente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que afrouxou a punição pela confusão ocorrida após a partida contra o Goiás, no fim de junho, e permitiu ao Vasco ter na arquibancada contra o Grêmio apenas mulheres, crianças e pessoas com deficiência. No entanto, por determinação em vigor do TJ, o time ainda não pode abrir os portões de São Januário.

A decisão do STJD dá ao Vasco a possibilidade de mandar seu jogo em qualquer outro estádio, mas o jurídico confia em reformar os efeitos da liminar para ter público (ainda que restrito) em São Januário.

Desde a confusão na partida contra o Goiás, com objetos arremessados no gramado e confronto com a polícia, o Vasco teve três partidas como mandante: enfrentou o Cuiabá no Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador; e jogou contra Cruzeiro e Athletico em São Januário. Todas elas, sem a presença de público.

Na mesma petição, foi anexado o laudo de uma perita consultada pelo Vasco. Especialista em segurança de eventos esportivos, com experiência nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, Marina Tranchitella concluiu que o clube não teve culpa pelos episódios de violência ocorridos no dia 22 de junho, após a partida contra o Goiás.

Em um relatório de 17 páginas, ela informou que o Vasco cumpriu com todas as normas de segurança anteriores à realização da partida e também durante: segundo ela, a segurança interna foi reforçada na curva da arquibancada logo após o gol do Goiás, por exemplo.

“… é possível se verificar das imagens da câmera 6 (anexo 10), que a atuação da PM, com o lançamento de artefatos, deflagrou pânico nos torcedores, gerando deslocamentos desgovernados do público, agregando risco à situação já pré-existente e atingindo a todos indistintamente”, diz um trecho do laudo.

Na semana passada, o Ministério Público havia protocolado o depoimento do Tenente Coronel Vagner Ferreira Nascimento, comandante do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (BEPE). O policial citou “diversas tentativas de invasão” aos camarotes e definiu a postura de torcedores como “hostil e violenta”.

Ele reconheceu que um dos PM’s fez uso de arma de fogo para conter a multidão. Veja um trecho do relato:
“Em um dos acessos, especificamente o portão 5, os ataques transcorreram de forma tão agressiva que a equipe policial ficou encurralada por mais de 100 pessoas que investiram contra a integridade 5sica da equipe. A equipe, bravamente, resistiu as investidas valendo se de todos os equipamentos não letais disponíveis. Ocorre que, os materiais não letais foram esgotados e as ações ilegais permaneciam de forma crescente e avançando, aumentando ainda mais a intensidade dos ataques. Diante de tal cenário, um Policial do efetivo do BEPE, visando assegurar a sua integridade 5sica, dos companheiros da equipe e de alguns torcedores que se abrigavam das confusões naquele local, u(lizou-se do último meio disponível naquele momento, qual seja: sua arma de fogo, para efetuar disparos objetivando repelir e dispersar os ataques perpetrados contra eles. Os disparos realizados não foram direcionados a nenhuma pessoa e não houve nenhuma pessoa ferida pela ação do policial”.