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Climate Hub debate preservação de oceanos no Rio de Janeiro

Durante o evento foram feitas propostas para fomentar o orçamento para a ciência, pesquisa, avançar com isso frente aos governos com o objetivo de criar comissões locais de debate, por exemplo de unidades de conservação marítima e outras
Foto: Reprodução

Foi realizado nesta quarta-feira (26), no Museu Histórico do Exército, no Rio de Janeiro, o evento Oceano e Clima – A conservação marinha no combate às mudanças climáticas no Brasil. O encontro foi promovido pelo Climate Hub, centro de estudos do clima do Columbia Global Centers Rio, parte integrante da Universidade de Columbia, dos Estados Unidos.

O objetivo do evento é dar mais visibilidade à necessidade de preservação dos oceanos, para valorizar o enfrentamento das mudanças climáticas. Atualmente, apenas 1% do orçamento de todos os países do mundo é destinado à pesquisa oceânica, declarou a gerente de Projetos do Climate Hub Rio, Camila Pontual. “Sem avanços na pesquisa, não temos dados, a gente não consegue avançar em políticas públicas, e não preserva o que não conhece.”

A pesquisadora a destacou que, em 2021, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu até 2030 a década para a ciência oceânica, englobando não só a preservação dos oceanos, mas a pesquisa oceânica. “Exatamente porque temos um gap (lacuna) de conhecimento e de dados na questão dos oceanos, embora aquilo que sabemos já nos mostre a relevância dos oceanos.”

A gerente de Projetos do Climate Hub Rio afirmou que os oceanos são o maior sumidouro de carbono. “Eles não só capturam o carbono, como asseguram que o elemento químico fique ali, a tecnologia mais importante que temos de mudança climática, para combater os gases de efeito estufa.”

O problema é que os seres humanos ainda conhecem muito pouco sobre a biodiversidade marinha, sobre os impactos das mudanças climáticas nessa biodiversidade, “que é fundamental para manter esse sumidouro”. Por causa disso, as Climate Hub, da Universidade de Columbia, se uniram para começar a reunir especialistas brasileiros para avançar a pesquisa de oceanos no Brasil.

O evento no Forte de Copacabana foi realizado pelo Climate Hub Rio, em parceria com o Projeto Ilhas do Rio e o Núcleo de Vida Marinha da Secretaria de Meio Ambiente e Clima da Cidade do Rio de Janeiro (SMAC).

Para a secretária de Meio Ambiente e Clima do Rio, Tainá de Paula, é necessária uma atenção especial com a vida marinha não só no Rio de Janeiro, mas em todo o Brasil. Ela destacou que o país tem mais de 7,4 mil quilômetros de litoral e serve de referência quando o assunto é pesca ou sustentabilidade marinha. “Por isso, precisamos focar nossos esforços em sugerir políticas públicas que possam minimizar os impactos das mudanças climáticas no Brasil”, afirmou.

Durante o evento foram feitas propostas para fomentar o orçamento para a ciência, fomentar a pesquisa, entender os impactos nessas temáticas, avançar com isso frente aos governos federal, estaduais e municipais, com o objetivo de criar comissões locais de debate, de modo a promover maior criação, por exemplo, de unidades de conservação marítima e outras.

Ao final do evento, os participantes visitaram a exposição A Esperança nas Águas e Ilhas do Rio, organizada pelo Projeto Ilhas do Rio e inaugurada no salão principal do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana.