A Mesa Diretora da Câmara Municipal do Rio de Janeiro iniciará, a partir do dia 01 de julho, o processo de desocupação de estruturas que ocupam espaços alugados no entorno do Palácio Pedro Ernesto. Ao todo, quatro andares do Edifício Paulino Ribeiro Campos, na Cinelândia, região central da capital fluminense, serão entregues, representando uma economia mensal de quase R$ 100 mil entre aluguéis e condomínio.
A Casa já notificou todos os locadores sobre a saída das salas alugadas com a futura mudança de sede para o Edifício Francisco Serrador, situado a cerca de 300 metros dali e comprado em dezembro de 2022 por aproximadamente R$ 150 milhões.
Vamos desocupar espaços que eram usados para almoxarifado e outros setores que serão reunidos em estruturas menores até a mudança para o novo prédio. A prioridade é o bom uso do dinheiro público, gerando economia com aluguéis, mas dentro de todo o processo legal, respeitando os trâmites e as exigências para que tudo seja feito de maneira correta e sem atropelos”, explica o vereador Carlo Caiado.
Ainda nesta quarta-feira (21), a Câmara assinou o contrato de prestação de serviços de manutenção predial, primeiro requisito para o início dos trabalhos de mudança. Além deste contrato, uma licitação para e gestão de projetos de engenharia e arquitetura será concluída em até 90 dias.
Primeiro secretário da Casa, o vereador Rafael Aloisio Freitas (Cidadania) explica que a preparação da mudança foi iniciada em janeiro, mês seguinte à compra do Edifício Serrador, com a criação de um Comitê de Transição que levantou toda a necessidade atual e futura do Parlamento. O grupo mapeou o novo prédio e deu início aos processos de contratação de serviços, com início pelas estruturas de combate a incêndio e pânico, que foram renovadas.
A mudança da Câmara começará pelos setores administrativos que ocupam salas alugadas no entorno do Palácio Pedro Ernesto, a partir do fim do mês de outubro. A previsão é que toda a transferência seja concluída até julho de 2024, com a realização das sessões plenárias da Casa já em agosto do próximo ano.
A adaptação do prédio vai respeitar todas as características históricas do edifício, construído em 1944, com a preservação dos halls de elevadores em mármore e demais detalhes arquitetônicos. O heliponto que existia no local já foi excluído do cadastro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e funcionará apenas como um terraço panorâmico. Um café com acesso público será construído no térreo.
Centro Cultural
Após a desocupação, o Palácio Pedro Ernesto, que completa 100 anos em julho deste ano, será restaurado e transformado em um Centro Cultural, com exposições e espetáculos de música e teatro abertos à população.
Nova sede
O Edifício Serrador, que será a nova sede da Casa, já foi império do empresário Eike Batista e é avaliado em R$ 150 milhões.