Segundo dados do Instituto das Mudanças Climáticas da Universidade do Maine, nos EUA, o dia mais quente já registrado no planeta Terra foi nesta terça-feira (04). A temperatura média global atingiu 17,18°C.
Na segunda-feira (03) os termômetros já havia registrado um recorde de temperatura ao marcarem uma média de 17,01°C. Anteriormente, a temperatura mais elevada no conjunto do planeta tinha sido de 16,92°C, em agosto de 2016.
O hemisfério Norte tem sofrido com as altas temperaturas. A China vive uma prolongada onda de calor acima dos 35°C. No norte da África, a situação é mais extrema: os termômetros chegaram próximos aos 50°C. Até a Antártida, que está no inverno, bateu recorde de calor para o mês, com 8,7°C.
O cientista Robert Rohde, da Universidade da Califórnia, afirmou que as principais causas do calor são as mudanças climáticas combinadas com os efeitos do El Niño. Também alertou para temperaturas ainda mais altas nas próximas semanas.
O El Niño é registrado quando as águas do Oceano Pacífico estão mais quentes do que o normal. A diferença na temperatura da superfície dos oceanos com a atmosfera faz com que os chamados ventos alísios (que sopram de leste a oeste) percam força e velocidade.
A soma desses fatores (ventos mais fracos e temperaturas mais altas das águas) acarretam mudanças no transporte de umidade de uma região para outra do globo terrestre. Com isso, a distribuição de chuvas em regiões tropicais muda e diferentes regiões passam a registrar temperaturas mais altas ou mais baixas.
No Brasil, o fenômeno deve fazer com que o país experimente uma estação mais chuvosa que o normal no Sul e Sudeste e mais seca em toda a metade Norte.