Nesta terça-feira (29) a 123 Milhas protocolou na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte um pedido para que seja autorizada a recuperação judicial da empresa, bem como a suspensão imediata, por um período inicial de 180 dias, das ações judiciais de cobrança movidas contra ela (em Minas Gerais, onde está sediada, são mais de 600 causas). A demanda reúne ainda a HotMilhas e a Novum, que integram a agência de viagens on-line.
À Justiça, a 123 Milhas afirma que enfrenta uma crise “momentânea e pontual, plenamente possível de ser resolvida” e indica a recuperação judicial como necessária para a solução. O cenário, no entanto, é descrito como o pior já enfrentado nos últimos sete anos, desde o início das operações da empresa e que a oferta “Promo” não atingiu os resultados esperados pela empresa porque a agência esperava que os clientes comprassem outros produtos com a companhia. Mas os consumidores adquiriram apenas as passagens com valor promocional, o que gerou insolvência.
A defesa dela alega que eventuais bloqueios de valores e bens, aliás, vão impactar “todos os seus empregados, empresas parceiras e demais credores”.
“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada”.