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Volume de serviços no Brasil recua 1,6% em abril, bem pior do que o esperado

Resultado do setor foi o mais fraco para o mês de abril desde 2020, pico da pandemia.
Foto: Reprodução

O volume de serviços do Brasil interrompeu os ganhos em abril com uma queda bem mais intensa do que o esperado, em um cenário de política monetária restritiva de um lado e programas de transferência de renda de outro.

Em abril, o volume de serviços retraiu 1,6% em relação ao mês anterior, de acordo com os dados informados nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado compensa parte do ganho de 2,1% acumulado entre fevereiro e março e a contração foi bem mais forte do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,5%. Também foi o mais fraco para um mês de abril desde 2020, no pico da pandemia.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 2,7%, enquanto economistas esperavam avanço de 4,3%.

Com esses resultados, o setor encontra-se 10,5% acima do nível pré-pandemia e 2,9% abaixo do pico, de dezembro de 2022.

“O patamar em 2023 é mais baixo sim, mas não dá para dizer que há uma reversão de trajetória. O que se vê é uma perda de fôlego”, disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE, lembrando que o setor vem de bases altas registradas em 2021 e 2022.

Depois de expandir 0,6% no primeiro trimestre segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto), os serviços devem começar a sentir com mais força o efeito dos juros altos, de acordo com analistas, que veem o setor andando de lado ou desacelerando ao longo de 2023.

Se de um lado o mercado de trabalho aquecido, a expansão da massa salarial e a política fiscal ajudam a atividade, de outro a taxa de juros elevada no país encarece o crédito.

“Fatores como crédito, inadimplência e juros, que afetam as empresas de uma maneira geral e também os consumidores, claro que têm efeito. As empresas investem se têm certeza da demanda e para competir com seus concorrentes”, disse Lobo.

O IBGE destacou no mês o desempenho do setor de transporte que, depois de avançar com força em março, despencou 4,4% em abril.

“Vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo: gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços como todo, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, explicou Lobo.

Também registraram queda no volume os serviços de informação e comunicação (-1,0%), dos profissionais, administrativos e complementares (-0,6%), e dos outros serviços (-1,1%).

A única atividade que expandiu em abril foi a de serviços prestados às famílias (1,2%), com ganhos em alojamento e alimentação (3,7%) e outros serviços prestados às famílias (3,5%).

“Continuamos a ver sinais de desaceleração para a atividade (econômica) à frente, já que segmentos mais cícilicos indicam uma tendência contínua de enfraquecimento devido às condições financeiras altamente restritivas”, avaliou em nota Gabriel Couto, economista do Santander Brasil.

O índice de atividades turísticas, por sua vez, encolheu 0,1% frente a março, marcando a terceira taxa negativa seguida, período em que acumula perda de 1,6%.

Com isso, o segmento de turismo está 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.