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STJD pune Vasco com quatro jogos sem torcida por confusão em São Januário; um já foi cumprido

Tribunal aplica, ainda, multa de R$ 60 mil ao clube pelos fatos ocorridos depois da derrota para o Goiás, pela 11ª rodada do Brasileirão
Foto: André Durão

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Vasco com quatro jogos de portões fechados (um já foi cumprido) e multa de R$ 60 mil pelos fatos ocorridos depois da derrota para o Goiás no dia 22 de junho, em partida válida pela 11ª rodada do Brasileirão. Na ocasião houve arremesso de objetos no gramado, depredação de São Januário e confronto de torcedores com a polícia.

A punição foi aplicada pela 3ª Comissão Disciplinar do tribunal em julgamento realizado nesta quarta-feira. A decisão se deu por maioria de votos

O Vasco cumpriu um jogo de portões fechados na rodada seguinte do Brasileirão, na vitória por 1 a 0 sobre o Cuiabá. No entendimento da justiça desportiva, a pena deverá ser aplicada nos próximos três compromissos como mandante: contra Cruzeiro (08/07), Athletico (23/07) e Grêmio (02/08). Dessa forma, o clube poderia voltar a contar com sua torcida a partir do duelo contra o Atlético Mineiro, pela primeira rodada do returno.

Ainda existe uma liminar em vigor, deferida pelo presidente do STJD, que proíbe o Vasco de ter sua torcida em jogos como mandante e visitante por 30 dias contados a partir do dia 23 de junho. O julgamento dessa liminar ocorre na quinta-feira, mas ela deverá perder seu objeto uma vez que o mérito foi julgado nesta quarta. O efeito prático deverá ser a liberação de venda de ingressos para vascaínos nos jogos fora de casa.

A defesa do Vasco foi feita pelos advogados Marcelo Jucá e Amanda Borer, que argumentaram que o Vasco fez de tudo para garantir a segurança dos torcedores no interior de São Januário e que, por isso, não houve registros de algum caso mais grave. Para isso, levaram como testemunha o major da Polícia Militar Adriano Silva dos Santos, que é consultor de segurança do clube nos jogos em São Januário.

Os advogados informaram, também, que o Vasco arcou com as despesas do veículo do árbitro Marcelo van Gasse, auxiliar da partida cujo carro foi apedrejado por torcedores.

Houve divergência e empate na hora dos votos. Nesse caso, prevalece a decisão menos prejudicial ao clube. Veja como foram os votos:

  • Rodrigo Raposo, relator – 7 partidas de portões fechados (1 já cumprida) e multa de R$ 60 mil
  • Cláudio Diniz, auditor – 7 partidas de portões fechados (1 já cumprida) e multa de R$ 60 mil
  • Bruno Tavares, auditor – 4 partidas de portões fechados (1 já cumprida) e multa de R$ 60 mil
  • Alexandre Beck, auditor – 4 partidas de portões fechados (1 já cumprida) e multa de R$ 60 mil
  • Luis Felipe Procópio, presidente – 5 partidas de portões fechados (1 já cumprida) e multa de R$ 60 mil

    A pena aplicada pelo STJD entra em vigor a partir do próximo jogo do Vasco como mandante, mas o clube também segue punido pela Justiça Comum. O Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos a princípio interditou São Januário, mas o clube na semana passada conseguiu derrubar parcialmente a liminar e liberou o estádio para jogos com portões fechados.

    Esse caso ainda terá seu mérito julgado, mas deve levar tempo porque um perito apontado pelo tribunal precisa analisar todos os laudos juntados pelo Vasco.