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Scarpa pede à Justiça para receber 30% do salário de Willian Bigode

Meia do Nottingham Forest tenta recuperar os mais de R$ 6 milhões que investiu na Xland e sumiram; defesa do atacante do Athletico vê pedido descabido e tenta impugnação
Foto: Cesar Greco

A defesa de Gustavo Scarpa pediu à Justiça para que o meia do Nottingham Forest, da Inglaterra, receba 30% do salário de Willian Bigode. A ação faz parte do processo em que o meia tenta recuperar os mais de R$ 6 milhões investidos na Xland em criptomoedas que desapareceram.

A Justiça concordou com o pedido da defesa de Scarpa para manter a empresa de Willian Bigode, além do atacante, sua esposa e sócia Loisy Coelho e a outra sócia Camila Moreira de Biasi Fava também como réus no processo.

O aporte financeiro foi feito na Xland por indicação do atacante que era seu companheiro no Palmeiras e hoje está no Athletico. Willian tem com Loisy e Camila a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial.

A inclusão da WLJC, além de Willian, Loisy e Camila como polo passivo no processo faz com que eles estejam entre os responsáveis por arcar o valor que Scarpa perdeu após o investimento na Xland.

Agora, veio o pedido para o recebimento de 30% do salário para tentar garantir o ressarcimento dos R$ 6 milhões. Willian recebe uma parte de seus vencimentos do Fluminense e outra do Athletico-PR, onde atua por empréstimo.

Bruno Santana, advogado de Willian, não concorda com a decisão e avisou que pedirá a impugnação.

– Nos manifestaremos no processo impugnando o pedido, pois entendemos que é descabido por não haver condenação, bem como, porque sequer foi aberto prazo para apresentação de defesa – declarou.

Scarpa, hoje no Nottingham Forest, da Inglaterra, acrescentou em abril mais áudios ao processo para reforçar esta relação de intermediário no negócio, algo que o jogador do Athletico-PR contesta.

 Bigode conversa com o meia para tranquilizá-lo, dizendo que a Xland devolveria o valor que ele tentava recuperar.

O advogado do armador do Nottingham Forest argumenta que as mensagens provam que Scarpa era cliente da WLJC, empresa de assessoria financeira de Willian Bigode e intermediária com a Xland, mas a defesa do atacante do Athletico rebate.

Além de Scarpa, Mayke foi outro que investiu em criptomoedas por indicação da empresa de Willian. Os dois registraram um Boletim de Ocorrência em novembro e, somados, perderam mais de R$ 10 milhões. Willian também diz ter sofrido um prejuízo de R$ 17,5 milhões.

Relembre o que aconteceu

Scarpa chegou à Xland por meio de Willian, e Carlos Henrique de Oliveira Pereira, advogado do meia, considera que o acréscimo dos novos áudios comprova a relação de cliente do atleta com a empresa de Bigode. Por isso, entende que ele e os sócios da WLJC devem continuar como réus no caso.

A defesa de Willian, representada pelo advogado Bruno Santana, já não concordava com a visão à época e dizia que não se caracteriza esta relação sob o argumento de que Scarpa não chegou a fazer pagamentos para a WLJC.

Os contratos dos atletas firmados com a Xland têm como garantias 20kg de alexandrita, uma das pedras preciosas mais caras atualmente. O malote está retido em uma caixa de segurança em São Paulo.

A empresa apresentou um laudo de que o mineral valia R$ 2,5 bilhões, mas gastou apenas R$ 6 mil para comprá-lo. O valor é considerado irreal por especialistas.

Gustavo Scarpa e Mayke decidiram abrir um Boletim de Ocorrência horas depois de o Palmeiras conquistar o título brasileiro, em novembro.

Os dois acusam a empresa de Willian, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, e a Xland Holding Ltda do golpe. A defesa de Bigode alega que ele também é vítima e não recebeu para indicá-los o investimento.

Scarpa foi apresentado à Xland por Willian em junho de 2020 por meio de um arquivo com uma apresentação sobre criptomoedas. Em áudio, Bigode afirmou que a empresa no qual é sócio tem “nossa fidelidade e parceria com a Xland”.

A promessa era de que o lucro poderia chegar a 5% ao mês, muito acima do que qualquer aplicação no mercado. Para convencer Scarpa a investir, Gabriel Nascimento, um dos donos da Xland, chegou a dizer que a empresa tinha mais de R$ 2 bilhões em pedras de alexandrita, além de chácaras e terrenos como garantia.

Para Mayke e sua esposa Rayanne, foi Camila Moreira de Biasi Fava, sócia de Willian, quem falou no investimento e argumentou que “não ofereceria se não fosse bom”.

Scarpa até ironizou uma das mensagens de Willian reveladas pelo Fantástico em que o atacante diz que agora só “resta orar”.

O jogador do Athletico também disse ter sido vítima da Xland Holding Ltda, onde foi feito o investimento. Bigode alega ter perdido cerca de R$ 17,5 milhões. Loisy Coelho, sua esposa e sócia na WLJC, chegou a dizer em áudio para Gabriel que ele estavam “f… todos juntos”.