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Mais de 1,3 bilhão de pessoas terão diabetes no mundo até 2050

Foto: Reprodução

Um artigo publicado na revista científica The Lancet traz números bastante preocupantes relacionados ao diabetes, uma doença metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina ou sua incapacidade de exercer adequadamente suas funções, o que gera altas taxa de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.

Segundo a publicação, o número de pessoas com diabetes pode chegar a 1,3 bilhão nos próximos trinta anos, mais do que o dobro, que atualmente soma mais de meio bilhão em todo o mundo, incluindo homens, mulheres e crianças de todas as idades.

De acordo com os cálculos mais recentes, a taxa de prevalência global atual é de 6,1%, tornando o diabetes uma das 10 principais causas de morte e incapacidade no planeta. A taxa mais alta de incidência da doença é de 9,3% no Norte da África e no Oriente Médio, índice que deve saltar para 16,8% até 2050. Já as taxas na América Latina e no Caribe devem aumentar para 11,3%.

No artigo, o diabetes foi especialmente evidente em pessoas com 65 anos ou mais em todos os países e registrou uma taxa de prevalência de mais de 20% para esse grupo. A taxa mais alta foi de 24,4% para aqueles entre 75 e 79 anos.

Quase todos os casos globais, cerca de 96%, são de diabetes tipo 2 (T2D), sendo o alto índice de massa corporal (IMC) o principal fator de risco, respondendo por 52,2% da incapacidade e mortalidade, seguido por riscos alimentares, ambientais e ocupacionais, tabaco, baixa atividade física e uso de álcool.

E o que isso representa? Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Paulo Augusto Miranda, quanto mais cedo as pessoas conviverem com o diagnóstico de diabetes, maior o risco de complicações, e quanto maior o número, maior a necessidade de um aparato assistencial para cuidar dessas pessoas e evitar as complicações.

“Além do custo pessoal, em termos de redução da qualidade e tempo de vida, o problema traz também um custo social muito importante, tanto do ponto de vista direto da saúde, quanto econômico, muitas vezes por uma aposentadoria precoce”, pontua.