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Tiquinho Soares atacante do Botafogo recusou o Flamengo em 2020

Artilheiro do Campeonato Brasileiro e referência do líder, camisa 9 foi descoberto por projeto no interior da Paraíba, chegou a ser testado como goleiro e explodiu em Portugal.
Vítor Silva/Botafogo

Da pequena Sousa, no interior do estado da Paraíba, cidade de 842 km² e 69 mil habitantes, distante 435 km da capital João Pessoa, até o brilho no Rio de Janeiro defendendo a camisa do Botafogo, o caminho do centroavante Tiquinho Soares foi longo, passando por Europa e Ásia, lidando com lesões, uma pandemia em meio à chegada na China, quase convocação para a Seleção Brasileira e uma recusa ao rival Flamengo.

Hoje artilheiro do Campeonato Brasileiro com 8 gols em 9 jogos, grande destaque do Glorioso, que lidera a competição com 24 pontos somados em 30 possíveis, Soares começou a dar os primeiros passos no futebol no Centro Recreativo Angelim (CRA), um projeto do bairro onde morava em Sousa.

– Desde novinho ele tinha características de um menino que a gente acreditava que teria um futuro promissor. Aqui ele sempre jogou de atacante, tinha passada larga, protegia bem a bola. Já tinha potencial para ser um grande jogador – lembrou Nildo Lima, coordenador do CRA que conheceu o atacante quando ele tinha nove anos de idade.

Foram três temporadas no CSP sempre sendo emprestado para ter oportunidade disputar outros campeonatos. Apenas em 2012 o centroavante disputou a Copa Paraíba inteira com o time e foi o destaque. Depois de passar por Veranópolis, Pelotas e Lucena, Tiquinho foi para o Nacional da Ilha da Madeira, em Portugal, onde começou a construir uma carreira de sucesso na Europa.

O bom rendimento no Nacional chamou atenção do Vitória de Guimarães, que comprou os direitos de Tiquinho Soares do CSP. Após meia temporada no Vitória, foi comprado pelo Porto, onde de fato explodiu e construiu a reputação no continente europeu.

Soares teve começo avassalador nos Dragões. Foram 12 gols marcados nas primeiras 17 partidas. O destaque em Portugal aproximou Tiquinho Soares da Seleção Brasileira, à época comandada por Tite, chegando inclusive a ser observado pelo auxiliar técnico Cléber Xavier, em 2019, mas as lesões o afastaram da amarelinha.

– O treinador, Sérgio Conceição, conversando com ele disse que ele deveria jogar com um peso um pouquinho abaixo do que estava, mas acabou lesionando ao baixar esse peso. Uma lesão quase grau 3, quando voltou, não foi o mesmo, acabou machucando de novo. Quando ele voltou a estar normal, o Abubakar já estava muito bem lá, era o titular. Ele sempre era utilizado, mas já não era do mesmo jeito.

Em 2020, recebeu proposta irrecusável do Tianjin Teda, da China, mas na Ásia conviveu com atrasos de pagamento e a pandemia da Covid-19, que o obrigou a ficar trancado no hotel por 20 dias antes de se apresentar. Após acordo, deixou o país asiático e buscou nova oportunidade. Nesse período, chegou a ser procurado por um representante do Flamengo, garante Josivaldo.

“Tiquinho chegou a ser procurado por alguém do Flamengo, mas falou que não queria vir para o Brasil naquele momento. Quem cuida da carreira dele é o Deco, mas eu sempre opinei. Deixo ele decidir, mas dou minha opinião. Respeito a decisão dele, é claro.”

Após uma temporada no Olympiacos, da Grécia, Tiquinho Soares recebeu a oferta do Botafogo para voltar ao Brasil e ser a referência de ataque do time comandado por Luís Castro, a quem conheceu quando jogou em Portugal.

– Nessa situação do Botafogo, eu fui lá na Grécia e ele aceitou logo. Eu falei: “Eu iria para o Brasil porque o pessoal não te conhece. Você tem que jogar em um grande clube do Brasil para mostrar a todo mundo do seu país o quanto você joga. Não é todo mundo que tem acesso aos jogos internacionais. Seria uma oportunidade boa de você mostrar seu talento. O dinheiro é legal. Eu iria para o Brasil”. Ele aceitou e hoje é um sucesso – recordou Josivaldo.